Ensaio fotográfico na Fazenda Ipanema em Iperó, local maravilhoso para realização de um lindo ensaio fotográfico
A Fazenda Ipanema está localizada na Floresta Nacional de Ipanema, a maior do estado de São Paulo, a apenas 120 km da capital, bem próximo a Sorocaba, em uma cidadezinha do interior chamada IPERÓ. Por volta do século XIX na sede da fazenda funcionava a Real Fábrica de Ferro e poderá conhecer um pouco mais do Brasil imperial.
Além de muita história a fazenda conta com lindos cenários, onde podemos encontrar desde cachoeiras, ruínas, casas abandonadas e conta com um nascer do sol maravilhoso.
Motivo este, que tem atraído muitos noivos, casais e fotógrafos, que nos últimos anos tem procurado a fazenda para realização do seu ensaio fotográfico.

Casa das Armas Brancas: Enorme edifício que serviu para a fabricação e depósito de armas utilizadas inclusive na Guerra do Paraguai.





Uma foto que realizamos na casa das armas brancas foi premiada em um concurso internacional como a melhor foto da semana... Esta foto foi realizada no ensaio da Mayra e Leandro, não deixe de conferir as fotos deste belo ensaio!

Trilha Pedra Santa: com cerca de 6 km, é a mais longa trilha da reserva. Leva os visitantes até a Gruta do Monge, Cruz de Ferro da Pedra Branca e o Monumento a Varnhagen. É um local muito procurado pelos casais e por fotógrafos, pois o nascer do sol na pedra santa é maravilhoso. Não há necessidade de realizar a trilha para chegar até a pedra santa, também é possível chegar de carro, mas se gosta de aventura e trilhas, vale apena arriscar a trilha, pois será contemplado com belas paisagens ao longo do caminho.
Um dica muito importante, para realizar um ensaio no nascer do sol, ou a passeio, é necessário a contratação de um guia, pois a fazenda abre para visitação a partir das 08H00, e para ver o sol nascer, terão que chegar na fazenda as 05h00 da manhã! Para agendamentos de passeios e mais informações entre em contato com o guia Jackson através do telefone 11 99743-9885 (Whats)




Informações importantes para acesso a fazenda
Deixamos aqui algumas dicas para sua visita na Floresta Nacional de Ipanema, mas com as regras podem mudar a qualquer momento, aconselhamos entrar em contato através do telefone (15) 3266 9099 antes de realizar sua visita!
- Vá direto ao Centro de Visitantes para pagar a entrada e consultar os guias disponíveis (caso necessário), a taxa de visitação hoje é de R$ 9,00.
- Não é permitido fazer churrasco, pescar e entrar com animais domésticos.
- É necessário estar acompanhado de um guia para fazer as trilhas que vão além do sítio histórico.
- Fotógrafos devem assinar um termo antes de iniciar o ensaio.
- Horário de funcionamento: De terça a Domingo das 08h00 às 16h00. infelizmente não é mais possível fotografar a noite ou no por do sol, que também é lindo! A fazenda fica fechada de segunda feira, tanto para visitação quanto para realização de ensaios!
- Onde Comer: Costelaria, não deixe de conhecer a Costela da Serra, você irá se deliciar com uma das melhores costelas da região, lugar maravilhoso comida boa e preço justo, não deixe de visitar! Fica bem próximo da fazenda, não deixe de visitar... veja as avaliações na TripAdvisor!


E ai que tal aproveitar a visita a cidade de Iperó para realizar um belo ensaio? Entre em contato pelo WHATS, será um prazer atende-los.
Confira mais alguns Ensaios que realizamos em Iperó
Ensaio Fer e Neni - Por do sol em Iperó





Um pouco mais sobre a fazenda
A Floresta Nacional de Ipanema, que ocupa uma área da antiga Fazenda Ipanema, em Iperó, foi criada em 20 de maio de 1992 e abriga os remanescentes da primeira siderúrgica americana. Jazidas de ferro foram encontradas no morro Araçoiaba há cerca de 429 anos. A Flona de Ipanema é um dos maiores ecossistemas de Mata Atlântica existentes hoje no Brasil. As atividades relacionadas ao ferro naquela região, desde o século XVI, contribuíram para a origem de várias cidades da região de Sorocaba e o desenvolvimento do Brasil.
Após tentativas fracassadas entre os séculos XVI e XVIII, o maior esforço a fim de se implantar definitivamente uma siderúrgica em Ipanema surgiu no início do século XIX, quando o ministro Conde de Linhares ordenou o reinício das explorações no morro Araçoiaba. Com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, Linhares autorizou a fundação de duas fábricas de ferro: uma em Minas Gerais e outra em Ipanema. O principal objetivo era libertar Portugal da dependência da indústria estrangeira.
Frederico Guilherme de Varnhagen (que servia o exército português) foi trazido da Europa e o conselheiro Martim Francisco ficou encarregado de demarcar a área para os trabalhos de mineração, além de fazer estudos relacionados à instalação e operação da fábrica de ferro. A fábrica de Ipanema foi reconstruída e em 4 de dezembro de 1810 nasceu a Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, ratificando o pioneirismo da siderurgia no Brasil e na América Latina. Mas ao invés de Varnhagen, foi contratado o sueco Carl Gustav Hedberg para dirigir o empreendimento.
Uma época de esplendor era sonhada pelos idealizadores. Engano. A Suécia não enviou técnicos verdadeiros, mas sim pessoas que se envolveram em desvios de materiais, dinheiro e diversos escândalos. Hedberg trouxe uma colônia de operários e construiu as forjas suecas para o tratamento do ferro, mas era um sistema precário que só preparava o metal para a fabricação de pequenos instrumentos de lavoura. Esse sistema não funcionava para a fundição de peças que exigiam grande resistência.
Hedberg ocupou o cargo entre 1810 e 1814, gastou mais de 8 mil contos de réis e produziu apenas 14,7 toneladas de ferro, enquanto a fábrica havia sido projetada para produzir 588 toneladas. Ele foi o responsável pela construção da represa no rio Ipanema, primeiro rio brasileiro a ser represado. Mas foi demitido devido aos problemas em sua administração. Varnhagen substituiu Hedberg e construiu os alto-fornos através dos quais fundiu três cruzes em 1 de Novembro de 1818, comprovando o êxito da manipulação do ferro. Uma está na sede da Floresta Nacional de Ipanema, outra no morro Araçoiaba e a última no Zoológico Municipal Quinzinho de Barros em Sorocaba.
Para recompensar esses serviços, Dom João VI elevou Varnhagen ao posto de coronel. Em 1821, devido a desentendimentos de ordem ideológica, Varnhagen pediu demissão, utilizando-se do pretexto de ter a necessidade de voltar à Europa para educar o filho. O Conselho Administrativo pediu a Varnhagen que indicasse um oficial para substituí-lo. Dois nomes foram indicados, mas não aceitos pelo Conselho. Voltando para a Europa, Varnhagen levou o filho (futuro Visconde de Porto Seguro) em sua companhia. A fábrica iniciou um processo de decadência, até que em 1834 o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, presidente da Província de São Paulo, nomeou o major João Blóem como diretor da fábrica.
Blóem trouxe da Europa uma colônia alemã que prestou serviços e deu grande impulso à fabricação de ferro em Ipanema. Mas em 1842, quando parecia começar uma nova era de prosperidade, uma crise política paralisou a fábrica mais uma vez. Com o início da Revolução Liberal de Sorocaba, em maio, Blóem apoiou os rebeldes chefiados pelo brigadeiro Tobias e não impediu a retirada de três canhões que haviam sido fundidos em Ipanema. Os canhões foram levados a Sorocaba pelos envolvidos na revolução e dois deles se encontram até hoje na praça Arthur Fajardo ou “Praça do Canhão”, local onde foram posicionados originalmente. Dessa forma, Blóem foi preso por ordem do Duque de Caxias e destituído do cargo de diretor. A fábrica caiu em abandono novamente.
O capitão Antonio Ribeiro de Escobar foi nomeado diretor interino. Em 2 de novembro de 1842 foi nomeado o tenente-coronel Antônio Manuel de Melo de forma efetiva, que não conseguiu impedir a decadência do local. Ficou durante três anos no cargo. Os 20 anos seguintes, entre 1845 e 1865, foram de declínio ainda maior. Cinco diretores passaram por Ipanema nesse período, sendo o Barão de Itapicuru, o major Joaquim José de Oliveira, o general Ricardo José Gomes Jardim, o major Francisco Antonio Raposo e o tenente Francisco Antonio Dias.
Para complicar a situação, em 1860 a fábrica foi dissolvida e o governo ordenou que se fundasse outra no Mato Grosso. Para lá foram enviados os técnicos, os oficiais e os escravos, ficando em Ipanema apenas alguns funcionários mais velhos. Não era conhecida a existência de minério de qualidade no Mato Grosso. Tanto que, após cinco anos de pesquisas sem sucesso, não houve descoberta e nem a fundação da outra fábrica. Parte dos equipamentos que seriam transportados de Ipanema ao Mato Grosso ficaram pelo caminho e, por fim, muitos se enferrujaram em Santos.
Veio a guerra do Paraguai em 1865 e o plano da mudança foi abandonado de vez. Havia a necessidade de se colocar o maquinário em funcionamento com urgência para produzir material bélico. Essa foi a época em que Ipanema mais produziu ferro. O capitão de engenheiros Joaquim de Sousa Mursa, posteriormente promovido a coronel, foi nomeado para o cargo de diretor em 6 de setembro de 1865. Aos poucos ele conseguiu recompor o estabelecimento, onde permaneceu até 1890. Para ilustrar o prestígio que a fábrica conseguiu durante a administração de Mursa, basta citar que a primeira locomotiva da Estrada de Ferro Sorocabana, quando inaugurada a 10 de julho de 1875, recebeu o nome de “Ipanema”.
Em 1895, já sob o governo republicano, as atividades siderúrgicas foram definitivamente encerradas. A fábrica foi fechada oficialmente pelo presidente Hermes da Fonseca, conforme o Decreto nº 9.757, de 12 de setembro de 1912.